Reconstruyendo Sueños – Cáceres

Nesta performance as mulheres caminharam pela cidade, vestidas de noiva e levando luvas brancas transparentes nas mãos, que simbolizavam a própria pele.
Em uma praça da cidade, em círculo, elas se sentaram no chão e, com uma agulha e linha preta, bordaram as luvas transparentes, copiando as linhas de suas mãos. Neste momento, elas recordavam todo sofrimento vivido. Como se cada ponto negro do bordado fosse uma lembrança e, de alguma maneira, uma transformação neste sentimento.
Ao tirarem as luvas bordadas, elas sentiam, de forma simbólica, como se tivessem descascado a própria pele – retirado a pele velha, para renascer uma nova.
Todas estas luvas bordadas foram deixadas no chão, no centro do círculo, e recolhidas pela diretora do Museo Vostell, em Malpartida. A ideia era que a violência ficasse no Museu e não na vida das mulheres.

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