A performance contou com 20 mulheres que sofreram algum tipo de violência ou que tinham a intenção de mudar esta situação na vida das mulheres. Estas mulheres foram maquiadas por mim, imitando os hematomas deixados pelo parceiro. Elas escolhiam o lugar em que gostariam de colocar esta marca, alguma lembrança, algo que tivessem vivido.
Em círculo, uma virada de frente para a outra, elas trocavam olhares e entravam em contato, simbolicamente, com o resíduo do sofrimento de sua companheira. Uma delas deu início à ação, retirando do bolso do vestido um lenço demaquilante. Elas limparam os hematomas umas das outras, até fecharem o círculo. Os lenços sujos foram enterrados nos pequenos buracos.
A performance foi finalizada quando cada mulher tirou do bolso um punhado de arroz, que foi atirado para o alto em um momento de alegria e comemoração do ritual realizado. O que restou foi uma pedra de mármore com o nome da artista e dia e nome da performance, marcando o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. Esta pedra permanecerá para sempre cravada no chão da cidade.